domingo, 20 de dezembro de 2009

Quando um rolê mia....

...você segue em direção a uma discussão filosófica. Ou pelo menos foi o que aconteceu nesse meu rolê de aniversário. Iriamos para Augusta comemorar o meu aniversário e de um amigo, mas ao chegar próximo ao Metrô Ana Rosa, descobrimos que seria quase impossível chegar lá. Rumamos de volta para São Caetano então. Paramos na Adega, e lá ficamos, tomando breja e descutindo o possível fim da banda de uns amigos, papo vai, papo vem, começamos a discutir em por que fazemos o que fazemos, e por alguns de nós trabalhamos com o que não gostamos e estudamos o que não gostamos, chegando inevitavelmente na origem e no sentido da vida!
Eu diria, que agora acho que sei como funciona a filosofia, e que ela está diretamente ligada a embriaguês.

Segue um texto de Baudelaire:
É necessário estar sempre bêbado.
Tudo se reduz a isso; eis o único problema.
Para não sentirdes o horrível fardo do Tempo, que vos abate e vos faz pender para a terra, é preciso que vos embriagueis sem cessar.
Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude, a vossa escolha.
Contanto que vos embriagueis. E, se algumas vezes, nos degraus de um palácio, na verde relva de um fosso, na desolada solidão do vosso quarto, despertardes, com a embriaguez já atenuada ou desaparecida, perguntai ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai-lhes que horas são; e o vento, e a vaga, e
a estrela, e o pássaro, e o relógio, hão de vos responder: É hora de se embriagar!
Para não serdes os martirizados escravos do Tempo, embriagai-vos; embriagai-vos sem tréguas!
De vinho, de poesia ou de virtude, a vossa escolha.

(Baudelaire)

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